Operação de estações de tratamento
Existe alguma estação de tratamento, de água ou esgoto doméstico, no condomínio onde você mora ou na empresa onde você trabalha?
Você já se deparou com problemas como mau cheiro no ambiente ou na água? Excesso de cor ou gosto na água tratada? Problemas com renovação de licenças ambientais? Gastos excessivos com carros limpa-fossa? O problema pode estar na operação da estação. Para ficar claro, o correto acompanhamento dos equipamentos é tão importante quanto o projeto da unidade de tratamento e quando temos um bom projeto associado a uma boa operação conseguimos sempre ótimos resultados.
Nesse processo, normalmente feito por uma equipe, temos a figura do operador que é o responsável direto pelas atividades contínuas na estação de tratamento, ele executa os procedimentos operacionais, como: manobras de válvulas, acionamento de motores, preparo de soluções químicas, limpezas, lavagens, coleta de amostras, dentre outros. Contamos ainda com um coordenador, em geral um técnico ou engenheiro da área de saneamento, civil ou química, que é responsável por avaliar as informações coletadas pelo operador e interpretar as análises físico-químicas para controle de qualidade, além de propor adequações quanto a dosagens, tempo de descargas e lavagens, etc. Com isso, pode ser detectado alterações no afluente de entrada, bem como problemas técnicos associados aos equipamentos e produtos químicos utilizados no processo.
Podemos destacar que a correta periodicidade nos procedimentos de rotina, acompanhamento geral do funcionamento da estação, bem como na realização de analises, são as melhores ferramentas para evitar problemas, conforme exemplos apresentados a seguir.
ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE ÁGUA | ||
CAUSA | EFEITO | CONSEQUÊNCIA |
Dosagem de coagulante insuficiente | Excesso de cor e/ou turbidez na água tratada. | Perda de qualidade da água tratada. |
Excesso de coagulante | Redução da carreira de filtração | Excesso de lavagem; Queda de qualidade na água. |
Falta de lavagem das unidades filtrantes | Colmatação do meio filtrante; Extravasamento de tanques | Desperdício de água; Queda na qualidade; Baixa na produção. |
Excesso de cloro (desinfecção) | Odor na água tratada | Redução da vida útil de equipamentos; Água tratada imprópria para consumo. |
ESTAÇÕES DE TRATAMENTO DE EFLUENTES | ||
CAUSA | EFEITO | CONSEQUÊNCIA |
Falta de limpeza em grades e peneiras ou caixas de areia (pré-tratamento) | Excesso de sólidos no tratamento primário; obstrução nas grades, tubulações e/ou bombas | Redução na eficiência da ETE; passagem de sólidos para etapa seguinte; aumento de odor. |
Falta de descargas de fundo e lodo periódicas | Perdas no manto de lodo; Arrasto de sólidos para outras etapas de tratamento; | Redução na eficiência da ETE; Risco de obstrução de válvulas e meios porosos. |
Falta de aeração (sistemas aerados) | Morte das bactérias aeróbias
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Redução na eficiência da ETE;
Aumento de sólidos no efluente final e odor. |